Quanto mais utilizado, melhor.
Quanto mais tempo, mais primoroso.
Quanto maior dedicação, mais virtuoso.
Pratique seu tesouro.
Quanto mais utilizado, melhor.
Quanto mais tempo, mais primoroso.
Quanto maior dedicação, mais virtuoso.
Pratique seu tesouro.
Christian Dior, por John Galliano, na colecão pret-a-porter primavera 2011, prova mais uma vez que o detalhamento da peça – recortes, pespontos, misturas, diferentes materiais, diferentes texturas e aviamentos – proporciona um diferencial de riqueza ao conjunto dos seus elementos de matéria, tecnologia, técnica, qualidade e estilo. A coleção, tem toques “navy” (marinheiro), masculino, florais e Havaí, numa inspiração que remete ao Sul do Pacífico.
Modelo: Lee Hye Jung. Foto: Yannis Vlamos. Style.com
Yohji Yamamoto, na sua coleção prét-a-porter, Primavera 2011 trabalho com elementos essenciais.
Sob a palidez da maquiagem e a predominância, característica, da sua cor preta, Yohji mostra que a essência do vestuário – tais como Chemisier, T-shirt e Regata – são também essência de estilo, refinamento e contemporaneidade.
O essencial, básico, não permite divagações, artifícios ou subterfúgios.
A modelagem deve ser perfeita.
Fotos: Monica Feudi . Style.com
http://www.dolcegabbana.it/dg/tailoring-lesson-video/
A beleza, que muitos procuram descrever com palavras, demonstrar, explicar, teorizar, racionalizar, esquematizar, criar receitas e formulas , enfim, tais tentativas parecem ficar muito longe da vivência da divina experiência.
No video de Dolce & Gabbana – Sartorialitá, do link acima, pode-se ver e contemplar que muito mais do que o produto, o processo, de fazer com emoção, envolvimento e entrega ao ofício, é que contém a beleza. E naturalmente tudo isso se reflete no resultado de Domenico e Stefano.
Nesta edição do SPFW, em sua coleção verão 2011, a estilista inspirou-se nos preceitos da pesquisadora de tendências Li Edelkoort e usou como tema Les Brokpa. Os Bropka habitam os vales do Butão. Além dos chapéus adornados por flores tem a exuberância na sua indumentária.
A identidade da marca, o colorido, está presente em todos os looks.
Na construção, há a utilização intensa do jogo de recortes orgânicos, muitas vezes suaves e doces, outras vezes rígidos e estruturados de forma arquitetônica. Manifestam-se as formas da natureza, animais e insetos. A moulage é um recurso que leva a situações inusitadas. O resultado é ao mesmo tempo processo.
Contemporâneo, retrato fiel de nosso tempo, contempla as relações do ser humano com as coisas, no momento presente. Tudo é muito rápido, mais do que o objeto é a idéia de movimento. O eterno devir.
Assim é Erika Ikezili hoje. Sua coleção mantém a vibração de cores e formas. E ao mesmo tempo, em alguns looks, transcende. Passa-nos a sensação de que os elementos da roupa – recortes, drapeados, pregas, estampas, aviamentos – estão em movimento vivo quase como se no momento seguinte fosse uma roupa diferente.
A direção do desfile foi assinada por Claudio Santana. O styling, de Marcio Banfi e Drica Cruz. Make: Marcelo Gomes. Trilha: Jackson Araujo. Produção de Backstage: Edge Schaydegger. E grande Equipe.
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A moda masculina moderna está focada na Comunicação da Individualidade. Uma mudança na atitude encorajou o consumidor masculino a tomar medidas extremas para evitar a submissão a regras. Seguir as receitas de um livro não é o método prescrito para ter estilo. A moda masculina contemporânea fornece aos homens a oportunidade de expressar sua individualidade e este sim é o grande luxo agora disponível.
Dentre os designers, podemos citar o mestre da amplidão em silhueta, Yohji Yamamoto que mudou a história da Moda. Expressando sua filosofia única e espirito de vanguarda em suas coleções, cria a roupa distante das tendências atuais. É mais focada no espaço negativo entre o corpo e a roupa do que no corpo em si. As roupas, naturalmente mudam os contornos e movimentos do corpo. Esta distinta filosofia de design foi revolucionária.
Ao longo de sua trajetória podemos observar seu culto à habilidade manual artesanal, sua fascinação pela alfaiataria, malharia e combinação de tecidos rígidos com macios.
Nascido e educado no Japão, trabalhou com sua mãe, costureira do pós-guerra. Gradou-se em Direito e depois, em Moda. Em 1972 lançou sua primeira coleção feminina, com a marca chamada Y’s, com forte influência masculina.
Em 1984, apresentou-se em Paris, com a marca que leva o seu nome e a identidade de suas raízes somada ao conceito de contemporaneidade.
Ele é o único designer japonês a receber o titulo de Chevalier des l’Arts et des Lettres do Ministério da Cultura da França (1994).
Nascido em 1969, Alexander McQueen estaria fazendo hoje, 17 de Março, 41 anos de idade…
Em sua última coleção prêt-a-porter Outono Inverno 2010, quis trazer de volta a manualidade que tanto amava, assim como as coisas que se perderam na trajetória da Moda.
Nesta coleção, ele olhou para a arte da Idade das Trevas, mas nela encontrando luz e beleza. O que MacQueen preparou tem a beleza poética e medieval ligada à iconografia religiosa, também resgantando lembranças de suas coleções anteriores. Ele encomendou tecidos com fotos digitais das pinturas dos anjos das igrejas e, demônios de Bosch, nos jacquards feitos à mão. Na narrativa das superficies adornadas, que pode ser interpretada como uma revolta contra os padrões que a moda tem adotado, de maneira própria, com linhas suaves em seus vestidos longos, sugere calma e simplicidade. Ao invés de agressividade, eles transmitem a graça das Madonas medievais e imperatrizes bizantinas, que McQueen estava estudando.
Imagens: Style.com
Escrevo como um alfaiate
Que sabe de cor as medidas do teu corpo
E lhe sobra pano a toda a palma
Para te desabotoar absorto
Sou o que de ti fica quando parte
Estranha alegria no regresso
Escrevo como um artesão a alma
Mesmo que morra em cada verso
E quando assim te digo e costuro
Quase penso que consigo
Ir mais além e roçar a arte
E gizar neste atelier de palavras o futuro
Lembras-te quando te vestia de luar
Prendia estrelas no tecido da tua pele
E te pedia que me ensinasses a voar?
Nosso amor era como hoje branco como papel
Em cada palavra me descubro
E ainda te chamo
Tudo por dizer do que te amo
Que não finda de tão rubro.
José Ilídio Torres
Ler mais: http://www.luso-poemas.net/
Em homenagem ao dia Internacional da Mulher, elegemos Stella McCartney que, em Paris, apresentou uma coleção que não é aquela restrita a um grupo feminino particular. Mas sim, democrática para todos os biotipos. Simples, refinado e elegante são os três termos que podem definir esses looks que enaltecem a força do espírito feminino.
A construção dos looks acima, mais uma vez em alfaiataria. Impecável. Bem cuidado. A arte da modelagem e a costura com precisão geométrica. A tecnologia têxtil, no tecido externo, nos forros, na diversidade de entretelas aliadas à técnica promovem a estrutura e o caimento… divinamente belo: assim é e assim faz sentir a Mulher que o veste.
Imagens: Style.com